A constitucionalização no direito de família no sistema jurídico brasileiro

Autores

  • Leonel Severo Rocha Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS, Brasil
  • Júlia Francieli Neves Scherbaum Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.33636/reconto.v1n1.e002

Palavras-chave:

afetividade, direito constitucional, direito de família, democracia social

Resumo

Analisam-se as repercussões jurídicas das diferentes formas de constituição familiar, geradas pela transformação social, objetiva-se ampliar a diversidade da produção das fontes de sentido do Direito, que geram conflitos no âmbito familiar, que dificultando o reconhecimento jurídico das diferentes formas familiares. Problematiza-se: Em que medida os valores constitucionais permitem ao ser humano a capacidade de tomar consciência de cidadão, de direito autônomo, capaz de se autodeterminar, de criar sua própria história. Conclui-se que as novas formas de solução de conflitos podem ser ampliadas por meio da perspectiva da democracia contínua.

Biografia do Autor

Leonel Severo Rocha, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS, Brasil

Doutor em Direito pela École des hautes études en sciences sociales (Paris) e com pós-doutorado em Sociologia de direito pela Universita degli di Lecce (Itália). Atualmente é professor titular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e coordenador do 3º ciclo em Direito. Pesquisador Nível II do CNPq. Membro Honorário e ex-Presidente do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (CONPEDI).

Júlia Francieli Neves Scherbaum, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS, Brasil

Doutoranda em Direito Público pela Faculdade de Doutorado em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Mestre em Direito pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI / RS). Especialista lato sensu em processo civil da Universidade Anhanguera (UNIDERP). Bolsista do CNPq Advogada.

Referências

ÀRIES, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.

ARENDT, Hannah. A condição humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2004.

ZYGMUNT, Bauman. Amor Líquido. São Paulo: Jorge Zahar Editores, 2004.

ZYGMUNT, Bauman. 2006, La vie liquide, Rodez, éditions du Rouergue-Chambon.

Judith Butler, 2005, « Hors de soi. Ou les limites de l’autonomie sexuelle », in Ruwen Ogien et Jean-Cassien Billier (dir.), Comprendre la sexualité, Paris, puf, pp. 277-304.

ZYGMUNT, Bauman. Modernidade líquida. Rio de Janeiro, Jorge Zahar. 2001.

BECK, Ulrich, Elisabeth Beck G. El normal caos do amor. Barcelona: editora: El Roure Editorial, S. A., 1998.

Bourdieu Pierre. La domination masculine. In: Actes de la recherche en sciences sociales. Vol. 84, septembre 1990.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: fatos e mitos. Tradução de Sérgio Milliet. 4ª Ed. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1970.

CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

DÉCHAUX, Jean-Hugues. Sociologie de la famille, Paris, La Découverte, coll. « Repères ». 2008.

ROUDINESCO, Elisabeth. A família em Desordem. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

FOUCAULT, Michel. (1981) "De l'amitié comme mode de vie". In: Dits et écrits, v. IV (1980-1988). Paris: Gallimard,1994.

FOUCAULT, Michel (1982)."Le sujet et le pouvoir". In: Dits et écrits, v. IV (1980-1988). Paris: Gallimard,1994.

FOUCAULT, Michel. (200), De l’amitié comme mode de vie, Dits et écrits1954-1988. T2 : 1976-1984, Paris, Gallimard.

FOUCAULT, Michel. Histoire de la sexualité 2: L'usage des plaisirs. Paris: Gallimard, 1984.

GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de janeiro, Jorge Zahar. 2002.

GIDDENS, Anthony. Conseqüências da modernidade. São Paulo: Ed. Universidade Federal Paulista, 1991.

HABERMAS, Jürgen. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002.

HABERMAS, Jürgen. A sociedade da decepção. Entrevista coordenada por Bertrand Richard. Tradução de Armando Braio Ara. Barueri: Manole, 2007.

HABERMAS, J. Legitimationsprobleme im Spätkapitalismus. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1973.

MISRAHI, Robert. La joie d’amour pour une érotique du Bonheur. Paris: Autrement, 2014.

LEFORT, Claude, Droits de l’homme et politique, in Libre, n. 7, Paris, Payot, 1980.

RAZ, J. O sistema do Direito. São Paulo, Martins Fontes, 2012.

ROUSSEAU, D. Radicaliser la démocratie. Propositions pour une refondation, Paris: Seuil, 2015.

ROSANVALLON, Pierre. L. La démocratie inachevée: histoire de la souveraineté du peuple em France. Paris: Gallimard. 2000.

ROCHA, L.S. Epistemologia jurídica e democracia. 2ª ed., São Leopoldo, Editora Unisinos. 2003.

ROCHA, L.S., OLIVEIRA, B.N., SCHERBAUM, J.F.N. Afetividade no Direito de Família. Curitiba: Juruá, 2018.

SINGLY, François. Sociologie de la famille contemporaine. Armand Colin, Paris, 2007.

SINGLY, F. de . La famille et le droit d’après Jacques Commaille. In: Revue française de sociologie. 1984.

SIEYÈS, Emmanuel Joseph. Discours sur le veto royal du 7 septembre 1789, Archives parlementaires, 1re série, tome VIII.

TAYLOR, Charles. Multiculturalismo: examinando a política de reconhecimento. Lisboa: Instituto Piaget, l994.

TEUBNER, Gunther. O Direito como sistema autopoiético. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1989.

TEUBNER, Gunther. (1996), Droit et réflexivité: l'auto-référence en droit et dans l'organisation. Belgique, Bruyland.

Downloads

Publicado

2023-02-20

Como Citar

Rocha, L. S., & Scherbaum, J. F. N. (2023). A constitucionalização no direito de família no sistema jurídico brasileiro. Revista De Constitucionalização Do Direito Brasileiro, 1(1), e002. https://doi.org/10.33636/reconto.v1n1.e002

Edição

Seção

Artigos