RECONHEMENTO FOTOGRÁFICO:

ANÁLISE DO HC598886/SC NOS ACÓRDÃOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ ENTRE JANEIRO DE 2022 A JULHO DE 2022

Autores

  • Fernando Rodrigues de Almeida Faculdade Maringá
  • Emily Lisandro de Oliveira Faculdade Maringá

Palavras-chave:

Prova, Reconhecimento Fotográfico, HC598886/SC

Resumo

O reconhecimento fotográfico assume um papel fundamental na identificação e condenação de suspeitos no Processo Penal, a ferramenta que vem sendo amplamente aceita como meio de prova, envolve a apresentação de fotografias de pessoas, objetos ou cenas relacionadas a um crime para que testemunhas ou vítimas identifiquem o suspeito ou forneçam informações relevantes para o caso. Recentemente, a 6ª turma do Supremo Tribunal de Justiça julgou procedente o Habeas Corpus, de modo a estabelecer o caráter obrigatório das formalidades procedimentais do artigo 226 do Código de Processo Penal para o uso do reconhecimento fotográfico, ao passo que a prova deva ser invalida caso o procedimento não seja observado. Nesse sentido, o seu uso deve ser realizado com cautela e em conformidade com os princípios legais, visando evitar erros de identificação e garantir a justiça no sistema criminal. Neste artigo, o objetivo é analisar o uso do reconhecimento fotográfico como meio probatório nas apelações interpostas no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná durante o período de janeiro a julho de 2022. O estudo emprega uma abordagem metodológica que combina o método hipotético-dedutivo e o método qualitativo descritivo para fundamentar o reconhecimento fotográfico como elemento jurídico processual e investigar as decisões relacionadas a esses métodos no referido tribunal. Inicialmente, o artigo apresenta uma revisão bibliográfica abrangente que explora as bases teóricas do reconhecimento fotográfico como meio de prova no contexto jurídico. Em seguida, a pesquisa se concentra em uma análise qualitativa descritiva das decisões tomadas pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná no período estudado. Coerente ao exposto, foram apresentados os resultados que forneceram uma visão abrangente do uso do reconhecimento fotográfico como meio probatório nas apelações do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.

Biografia do Autor

Fernando Rodrigues de Almeida, Faculdade Maringá

Doutor em Direito pelo Centro Universitário de Maringá (bolsista CAPES/PROSUP), sob Orientação do prof. Dr. Dirceu Pereira Siqueira; Graduado em Direito e Mestre em Teoria do Estado e do Direito pelo Centro Universitário Eurípides de Marília - UNIVEM (Bolsista CAPES/PROSUP) Orientado pelo Professor Dr. Oswaldo Giacóia Jr. e Coorientado por Professor Dr. Roberto Bueno Pinto; Coordenador do curso de Direito da Faculdade Maringá (CESPAR); Professor de Filosofia do Direito e Direito Constitucional na Faculdade Maringá (CESPAR); Líder dos Grupos de Pesquisa Direito e Memória (Faculdade Maringá); Membro do Grupo de Pesquisa Rede Internacional de Estudo Schmittianos (RIES/UFU); Ética, Política e Religião (PUCCamp); BIOÉTICA/UNIVEM;. Colunista pelo Maringá Post; Professor e Advogado; Atua principalmente nos seguintes temas: Direitos da Personalidade; Filosofia do Direito; Teologia Política; Filosofia Política; Direito Constituconal, Teoria Crítica do Direito; Análise política da Teologia gnostica e proto-cristã.Contato: fernandordealmeida@gmail.com.

Emily Lisandro de Oliveira, Faculdade Maringá

Graduada em Direito pela Faculdade Maring´´a (CESPAR). Membro do Grupo de pesquisa "Constitucionalismo, desenvolvimentismo e autoritarismo".  

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Publicado

2023-07-12

Como Citar

Rodrigues de Almeida, F., & Lisandro de Oliveira, E. (2023). RECONHEMENTO FOTOGRÁFICO:: ANÁLISE DO HC598886/SC NOS ACÓRDÃOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ ENTRE JANEIRO DE 2022 A JULHO DE 2022. Revista De Constitucionalização Do Direito Brasileiro, 4(2), 1–40. Recuperado de http://revistareconto.com.br/index.php/reconto/article/view/63

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